TIRANTES / CHUMBADORES

A função básica do tirante é transmitir um esforço externo de tração para o terreno, através do bulbo. Evidentemente o esforço externo é aplicado na cabeça e transferido para o bulbo de ancoragem através do trecho livre.

O aço constituinte do tirante deve suportar o esforço com uma segurança adequada em relação ao escoamento e ainda deve ter uma proteção adequada contra a corrosão, conforme definido na norma brasileira, para garantir sua durabilidade.

O bulbo não deve se romper por arrancamento e nem se deformar em demasia em função da carga de longa duração, por efeito de fluência.

Em obras de contenção é mais comum o uso das ancoragens constituídas por barras, fios ou cordoalhas de aço, que transferem um esforço aplicado no extremo ligado à estrutura (cabeça de ancoragem ativa) ao outro extremo trecho ancorado.

É usual também que a cabeça transfira a carga mecanicamente à estrutura por meio de porcas, cunhas ou clavetes. Já a transferência de esforços no extremo ancorado é feita através de atrito / adesão no terreno, causado pelo preenchimento com calda de cimento ou algum tipo de resina.

No trecho ancorado são utilizados espaçadores, para manter os elementos de aço igualmente espaçados entre si e sem contato direto com o solo ou com a rocha, de tal forma que a calda de cimento ou a resina injetada mantenha um recobrimento e envolvimento total dos cabos, fios ou barras.

Aplicações

Como a ancoragem – tirante – é um elemento que trabalha essencialmente à tração, é natural que seu componente principal seja constituído por material altamente resistente (em geral aço e, mais recentemente, plásticos especiais tratados com fibra de vidro). Assim, o emprego de ancoragens em engenharia se destina, basicamente, aos casos onde esforços de tração devem ser combatidos, resistidos e controlados, tais como:

  • Contenção de encostas;
  • Contenção de cavas (subsolos de edifícios, túneis etc.);
  • Lajes de subpressão;
  • Chumbamento de superfícies rochosas.